The most important text I wrote (until now)

Apaixonei-me por um garoto incrível que está apaixonado por uma garota incrível. O fado é mesmo melancólico, e se explorado pode ser descoberto um tanto mais problemático do que já aparenta ser. Sentir em tamanha intensidade o que eu sinto pelo meu tão considerado melhor amigo, mesmo que tal classificação não se aplique exatamente ao momento, é lindo, mas também devastador. 
Quando se sente isso é quase impossível não lutar contra os afastamentos, os cortes de assunto e a mudança de comportamento: em um dia há confiança o suficiente para contar um com o outro, no outro o único sustento é superficial, assuntos de elevador. Essa ruptura é capaz de dissipar as energias dos mais bravos guerreiros, de esmagar os maiores corações.
Ninguém quer se separar de quem gosta.
E então, por forças maiores, a gente aceita que o outro está melhor sem nós, mesmo morrendo de saudades das conversas, dos beijos, risadas e abraços. Não é um processo fácil, parece que a pessoa está em tudo o que fazemos.
Surge a verdade, esse sentimento para com ele não é de minha exclusividade (o que faz todo sentido). Sorte dele, para um dos muitos alguens é recíproco. A garota maravilhosa lhe trará todo o bem que merece, e espero que nenhum mal.
Com isso a construção de barreiras passa a ser urgente, caso de vida ou morte. Do que adianta o contato mínimo se este é suicida? O deixar ir torna-se crucial para que as coisas fiquem bem, para tê-lo feliz.
A sensação de perder o amigo, porém, é extremamente dolorosa. Ninguém quer se separar de quem gosta.
No caso, estar longe do que é corrosivo implica mais de uma perda. Como eu sou sortuda, não é? Ela também é uma grande companhia, peça fundamental de tantos momentos e por diversas vezes, tranquilidade de um relento. Eu os admiro tanto.
Como é que poderei conciliar tais sentimentos? Não é como se eu quisesse me afastar, mas será que a proximidade é mesmo suportável?
Que fim tudo isso vai levar?
Nenhum de nós merecia ter sido colocado nessa situação, mas ei de acreditar que tudo tem um motivo maior. Essa dor, essas loucuras, em algum momento tudo fará sentido.


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