Carta-poesia (epifania)

Nunca foste meu, rapaz,
Nem por um segundo,
Pois minha plenitude
Não cabia no teu mundo.
Mesmo assim eu sucumbi,
Deixe-me o sorriso,
Os beijos e arrepios.
E tu, algo sentiu?
Foste embora por medo?
Teme o fim de vossa liberdade?
TOLICE TUA! Não cometeria tal maldade!
Que beleza tem um pássaro
Quando preso a uma gaiola?
Eras livre, AINDA É!
Voas pelo mundo afora.
Só queria voar contigo,
Nem isso posso agora.
Eu que me via tua
Agora sofro só,
Pois ninguém compreende
Que em mim tu deu um nó.
Tire-o daqui!
Deixa-me partir como tu fizeste!
Meu coração é tolo, Zé!
ELE TE GUARDA EM PRECE!
Sufoca e transborda o que sinto por ti
Mas já estou cansada,
TU NÃO ESTÁS AQUI!
Não compartilho mais teus abraços,
Teu suor e perdição.
Eu perdi todos os laços
E minha pouca razão.
Se em ti me senti mulher,
Que culpa tenho?
Foste o melhor dos amigos,
Para quem valia toda a canção.
Em ti valia o puro eu
E toda a emoção.
Dizem que já não mereces
Que eu sinta algo assim,
Mas será que eu mereço
Tê-lo longe de mim?
Por isso peço tanto a Deus
Para te esquecer,
Pois não há sentido
Em desgastar-me até morrer.
A verdade dói,
Não era pra ser..
ENTÃO PORQUE EU SINTO?
Eu bem queria saber.
Desculpe-me por continuar amando
E por toda saudade ter.
Quero que vivas teu caminho,
E quero feliz por isso estar,
Mas nesse exato momento
Não consigo as coisas mudar.
Espero que aqui soprem os ventos
Que façam o tempo correr,
Pois depois da tempestade
Isso há de perecer.






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