garrafa

a minha fuga, companheiros, é a maior prova do não saber lidar. não quero que pensem o contrário, não é uma reciclagem que lhes garante novos valores. é fragilidade. medo de explodir, queimando o que é que ainda possa ser feito com esses materias. reconheço a inutilidade: um alcoólico em tratamento não deve fugir da garrafa, mas sim ter consciência de sua existência e saber os limites do convívio. eu fujo dessa garrafa cheia de mensagens justamente por não saber o quão infinito é o que nela se encontra. tonta. embriagada. não se pode caminhar em linha reta assim. serpenteia o que existe aqui entre angústia e afeto. raiva e compreensão. se a garrafa fosse minha, já estarias sóbrio dessa canção.

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