Chien errant II

A alma livre
Procurava companhia,
Mas se perdera
Entre bandos e matilhas.
Num passo perplexo,
Quase sem nexo,
Oriundo de sua própria danação .

O que fizera o cão
Para viver assim?
Foi o medo da solidão?
Foi o medo de mim?

Será que fora mal cuidado?

Agora está perdido,
Latindo para qualquer lado
E abanando o rabo
Quando o assunto convém.

A quem ele é fiel?

Certamente a nenhuma coleira,
Pois, todos sabem,
A única coisa certeira
É que ele não troca liberdade
Por nenhuma parceira.

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