arte


Eu inventei de colorir com trilha sonora. Era um arco-íris composto pelos tons mais bonitos, os meus favoritos, carimbados com seu nome. E aí cê foi embora, tirou a música e deixou o cinza chover.
Às vezes eu ouvia uma nota, uma cor que doía, poesia que cheirava a você.
Meu cinema era antiquado, mudo e sem cor.
Revoltei-me e implorei as notas e a paleta. Cê me devolveu as cores primárias e me chamou de careta.
Pintei o sete.
Você já não cabia na canção.

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