carta ao amigo Mário

Querido Mário,
A intransitividade é dolorida e o "amar sem objetos" é um bocado machucador. Machuca por não precisar de complementos, nem de saudade, nem de ninguém. Machuca na contradição de sua beleza, de existir independente e querer se expor a todo o mundo. Mário, amar por amar dá uma trabalheira: Todo dia, sem aviso, um tum-tum pra mudar a cabeça. E por pior que pareça, Mário, assim é até melhor. O barulho vem pra nos acompanhar. Imagine se você amasse algo e essa transitividade te deixasse só.

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