O interessante desse meu atual sentimento é o quanto ele me distrai: já perdi noção do tempo, já perdi minha estação e quase perdi meu ponto de ônibus. De fato, eu sou uma perdida.
Em uma dessas minhas viagens de volta para casa, flagrei-me pensando o quão extraordinária não sou. Talvez tamanha ideia seja legado de reflexões sobre o mundo por mim conhecido ser insignificante para a imensidão do Universo, talvez seja a autoestima do momento. Sinceramente, não sei a razão, mas isso não é de grande relevância.
Não sou ótima em nada, poucas vezes surpreendo. Me interesso por diversos assuntos, mas raramente me aprofundo. Não entendo de política, muito menos sei argumentar. Em suma, sou um alguém de fácil esquecimento por cair no ordinário, no comum.
E não, não estou me desmerecendo, reconheço a presença de defeitos e qualidades, mas ambos são pontos comuns a todos os homens e mulheres.
O meu eu-apaixonado se distrai pensando justamente no incomum. De fato, é extraordinário, e não duvido que essa seja a razão pela qual me encanto.
Ele é bom em (quase) tudo, e vive a me surpreender. Conhece os mais diversos assuntos, e não hesita em se aprofundar. Sabe algo de política e, certamente, argumentar. Em suma, é de difícil esquecimento e totalmente relevante para mim.

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