O silêncio é temerariamente tido como resposta, o que machuca e sensibiliza o ego. Parece um telefonema: o outro lado da linha atende, mas não coloca no ouvido - e sim fora do gancho. Mas essa não é a verdade, é sensação mascarada por uma ansiedade que me acompanha como sombra, cor e tamanho oscilante conforme a luz que me cobre. A realidade, no que está em meu alcance, sou eu com medo do silêncio que - até que se prove o contrário - não é nada.
o cheiro, memória, me faz refém, perco-me durante o dia sonhando com meu bem. meu? a realidade é um pesadelo, que não consigo evitar, nada me pertenceu amava-te sem pestanejar amava? ainda amo, e por isso sinto muito, não queria estar assim e não te queria mudo mudo? eu não continuo a mesma e acredito que você também. saiba, então, querido, que estarei aqui para apoiar toda sua felicidade e o que for além. Encontrava-me disposta a lutar por ti, mas de nada vale essa guerra se você já a declarou vencida. Ainda és parcela da minha vida, e doi em mim ser incapaz. É um massacre de saudade, de amor e de vontade, com o qual estou a terminar.
Amanheceu ao meu lado Com aqueles olhos de cetim, Sorrindo sem abrir as janelas. Consigo preserva a entrada da alma Enquanto eu observo, Me perdendo e encontrando Entre todas aquelas constelações- Agrupamentos já familiares- Incontável quantidade De pontos referenciais. Irradia entre nós a estrela oculta, Aquecendo por breve vida Sem certezas de que no outro dia Tudo estará ali, em combustão. Nasce e respira, sorri sem ver. Imaginativamente, beijo-lhe as pestanas Na esperança do despertar Que situe esse olhar no meu. Meu sonho é leve Seu sono, pesado, A órbita dos seus astros tem cor de verão. O movimento celeste muda o tempo.
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